Sobre o Pastor

Mensagem para a Igreja

O ministério pastoral, também conhecido como pastorado, não é uma profissão a qual escolhemos, mas, sim, que somos escolhidos, e está escolha quem efetua é Deus.
Meu desejo, a princípio era ser médico. Logo depois desejei ser aeronauta, particularmente um piloto da Força Aérea Brasileira, no entanto, Deus foi inclinando meu coração para o ministério pastoral, vocação esta que foi com o tempo solidificando-se através do envolvimento eclesiástico na Igreja Presbiteriana do Brasil em Monte Aprazível.
Meu chamado para o ministério sagrado se deu ao ouvir um sermão fundamentado na Carta de Paulo aos Efésios capítulo três versos um a treze, no qual fui tocado por Deus para ser constituído ministro conforme o dom de Sua graça mediante a força operante do seu poder em minha alma.
Todo aquele que almeja o pastorado, dentro da Igreja Presbiteriana do Brasil, a qual pertenço, necessita cumprir algumas etapas obrigatórias.
Após sentir o chamado para o ministério procurei a liderança da igreja (conselho da igreja local) demonstrando meu anseio, a qual me examinou sobre o meu chamado e, aprovando-me, apresentou-me ao presbitério, concílio superior ao conselho da igreja, onde passei por um novo exame quanto aos motivos que me levaram a desejar o ministério; e, sendo satisfatórias as respostas, passei a ser considerado candidato e enviado ao Seminário para realizar o curso teológico o qual concluí no final de 1984 pelo Seminário Presbiteriano Conservador em Riacho Grande – São Bernardo do Campo - SP. Um ano e meio depois de formado, fui convocado a uma reunião do Presbitério para ser licenciado. Licenciatura é o período de experiência em que o bacharel em teologia é submetido para dar provas suficientes de haver sido chamado par o ofício sagrado e de que o seu trabalho foi bem aceito. Nesta reunião apresentei, conforme as exigências constitucionais, uma exegese de um passo das Escrituras Sagradas, no texto original grego em que precisei revelar capacidade para a crítica, método de exposição, lógica nas conclusões e clareza no salientar a força de expressão da passagem bíblica; uma tese (monografia) de doutrina evangélica da Confissão de Fé de Westminster; e por fim um sermão proferido em público perante o Concílio, no qual tive que revelar sã doutrina, boa forma literária, retórica, didática e, sobretudo, espiritualidade e piedade. Meu período de licenciatura se deu na cidade de Jales – SP, sob os auspícios do meu tutor eclesiástico nomeado pelo presbitério. No dia 09 de novembro de 1986, numa reunião do Presbitério, após passar por novas provas para a ordenação que consistem de ser submetido a um exame da experiência religiosa, das doutrinas e práticas mais correntes no momento, história eclesiástica, movimento missionário, sacramentos e problemas da Igreja, bem como um novo sermão em público perante o Presbitério. Julgadas suficientes as provas, fui ordenado ao Sagrado Ministério pelo Presbitério de Rio Preto, de conformidade com a liturgia da Igreja Presbiteriana do Brasil, com a imposição das mãos do concílio. Completei em novembro de 2021, trinta e cinco anos de profícuo ministério.
Como pastor – ou ministro – recebi o titulo de reverendo passando a presidir o conselho das seguintes igrejas as quais pastoreei: Igreja Presbiteriana de Maceno, São José do Rio Preto – SP; Igreja Presbiteriana de Quirinópolis – GO; Igreja Presbiteriana de Três Lagoas – MS; Igreja Presbiteriana de Marília – SP; Igreja Presbiteriana de Piraí – RJ e atualmente 5ª Igreja Presbiteriana de Volta Redonda – RJ.
Em 2009 fiz uma convalidação teológica na Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Em 2022 iniciei o curso de Pós-graduação no Centro de Pós Graduação Andrew Jumper – SP, na área de Estudos Pastorais com foco em Aconselhamento. O curso está em andamento e tem duração de 3 anos.
O ministério pastoral resume-se em pregar o evangelho da graça salvadora de Cristo aos homens; orar com o rebanho e por este; apascentá-lo na doutrina cristã; orientar e superintender as atividades da Igreja, a fim de tornar eficiente a vida espiritual do povo de Deus; prestar assistência pastoral; instruir os neófitos, dedicar atenção à infância e à mocidade, bem como aos necessitados, aflitos, enfermos e desviados; exercer, juntamente com os outros presbíteros, o poder coletivo de governo. A atividade do ministro deve ser superintendida pelo Presbitério, ao qual, anualmente, prestará relatório dos seus atos.
Nestes trinta e seis anos tivemos muitas lutas, mas em todas as circunstâncias sempre Deus nos concedeu a vitória.

Rev. Silas Daniel de Paulo – Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil
Volta Redonda, 10 de março de 2024